sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Artigo: O Fenômeno EAD



Desde a instauração dos cursos de nível superior no Brasil, nunca o interesse das pessoas por um diploma foi tão intenso. Para alguns esse interesse é por pura vaidade (um diploma de nível superior num país subdesenvolvido é sinônimo de status), já para outros é uma necessidade imposta pelo mercado de trabalho e justamente em cima dessa exigência que os cursos de EAD (Educação à Distância) começaram a proliferar e hoje crescem de forma desordenada (ao que parece).
A EAD é uma boa idéia que se souber ser explorada, pode render bons frutos, já que vence uma série de barreiras nos aspectos que competem à instauração de uma Universidade. Nada é tão fácil, mas os cursos à distância são mais baratos, mais acessíveis (em termos de tempo para freqüentar as aulas e de deslocamento – em muitos pontos das cidades existem tele-salas) e conseguem atender a uma gama superior de estudantes que uma sala convencional.
Economicamente ela é bastante viável aos empresários que gastam muito pouco com as tele-salas, videoconferências, equipamentos de multimídia em geral, espaço físico, contratação de professores e de mão-de-obra dos diversos setores se comparado ao modelo tradicional de Universidade.
Uma vantagem da EAD é que ela pode atender estudantes nos mais longínquos lugares se estes locais tiverem todos os requisitos: energia elétrica, acessibilidade, rede de internet, espaço físico adequado que possa comportar os estudantes e oferecer a estes o conforto necessário para estudarem e desenvolverem suas atividades.
A flexibilidade também é um chamariz para esta modalidade de ensino. Muitas pessoas não dispõem de tempo para freqüentar uma Universidade presencial e dessa forma se matriculam nestes estabelecimentos, já que em sua maioria as aulas presenciais só acontecem uma vez por semana.
Voltando ao aspecto econômico, a EAD tornou-se uma fábrica de dinheiro. Pelo fato das aulas serem semanais os docentes têm menos hora-aula que os de cursos presenciais e, além disso, é necessário um número de professores menor para atender um número maior de estudantes, pois as salas geralmente são lotadas em sua capacidade total e as tele-aulas/videoconferências que são exibidas/realizadas numa cidade, normalmente também a são em outras a quilômetros de distância. Dessa forma o custo com a contratação de professores é minimizado.
Os cursos de EAD também podem ser vistos como uma solução imediata para a educação brasileira. É sabido que muitos jovens que completam o ensino médio estão totalmente despreparados para entrar em um curso superior, onde o nível de cobrança é maior e não há regalias para o aluno. Levando em consideração as Universidades publicas o impedimento começa no vestibular: a concorrência que é extremamente alta e as provas que apresentam um grau de dificuldade elevado.
Diante de toda essa maré contra o estudante (na maioria das vezes oriundo da classe baixa, da escola publica de má qualidade, que precisa trabalhar pra se sustentar e ajudar a família), a solução para ele ter o nível superior, pra ter um melhor acesso ao mercado de trabalho, melhorar o seu emprego e conseqüentemente o seu padrão de vida é se submeter à EAD, principalmente num país onde a valorização do diploma se dá pela sua raridade deste e não pela qualidade do curso. Numa seleção de emprego entre dois candidatos com perfil, currículo, competências e habilidades semelhantes, se um possui o diploma de um curso de nível superior e o outro não, certamente conseguirá o emprego aquele que tem o “canudo”. Vale lembrar que este graduado servirá a uma classe de empregos inferiores e que dificilmente estará concorrendo às melhores vagas do mercado de trabalho.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Azia

Creative Commons License
Azia by Raione Eloi Mendes is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial 2.5 Brasil License.
Based on a work at ignoranciacoerente.blogspot.com.

Azia:
Objeto de aprendizagem sobre os conceitos iniciais de ácidos e bases e identificação destas substâncias voltado para os alunos do 1º Ano do Ensino Médio que já estudaram ligações químicas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Educação, Sociedade, Capitalismo

A palestra com o professor Ivo Tonet tratou de temas à cerca da educação, da sociedade e da relação intrínseca entre elas. Sobre a sociedade, o tema foi tratado sob uma visão marxista dos acontecimentos. O professor criticou severamente o modo de produção capitalista que é a engrenagem principal que move a sociedade atual e propôs que a sociedade organizada deveria mudar essa forma de gerir as relações através do trabalho associado, onde ninguém teria lucros, todos trabalhariam em prol de todos, para o bem estar coletivo.
No campo da educação, o professor explicitou que as Universidades têem papel fundamental nessa transformação necessária para a sociedade. Em verdade isso não acontece, pois os acadêmicos durante todo o período de graduação ao invés de serem instruídos à "combaterem" o capitalismo, são "treinados" a fazerem parte deste sistema, contribuindo com o seu crescimento.
Lógico que este modelo proposto pelo professor seria fantástico, mas creio que é muito difícil reverter este processo em que se encontra o mundo atual. Além dele já estar bem sedimentado e solidificado, contamos com o agravante indicado pelo professor: as Universidades. Não se formam dentro delas os revolucionários (termo usado pelo professor) e sim os novos gestores do modelo capitalista.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O papel do professor na sociedade contemporânea

Após participar do I congresso de Tecnologias e Educação vieram à tona algumas reflexões sobre a atual concepção do que é ser professor. Algumas atividades do congresso contribuíram para essas reflexões, são elas: "Recursos Digitais de Aprendizagem", "Jornal na Sala de Aula", "Matemania", "O Uso de Blogs na Aprendizagem da Língua Inglesa", "Podcasts na Divulgação de Ciências", "Reflexão entre Professores em Blogs: passos para novas educações" e "Aprendizagem Colaborativa na Web".
Atualmente o professor não é mais uma caixa do saber. Ele deixou de ser o detentor do saber universal e tornou-se um agitador da classe, um provocador de discussões e conclusões. O seu papel é o de instigar os alunos a irem atrás das informações, a procurarem as fontes e os meios de pesquisas. Usando um ditado popular: "Ele deixou de dar o peixe e agora ensina a pescar." Ele também serve como um elo entre os alunos e as informações, propondo os temas e os guiando no decorrer de suas pesquisas, indicando métodos, ligações entre assuntos.
Bons exemplos desse novo papel do professor estão nas atividades já mencionadas, "Jornal na Sala de Aula" e "Podcasts na Divulgação de Ciências", onde durante todo o processo de elaboração do projeto, os alunos participaram ativamente (os professores apenas os supervisionaram e deram contribuições referentes às disciplinas), escolhendo e discutindo os temas, criando as mídias, divulgando-as, enfim os alunos fizeram a "aula". Eles puderam mostrar como eles vêem as coisas e o que suas impressões à cerca delas.