segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Análise de Objetos de Aprendizagem


Objetos de aprendizagem (OA) são ferramentas da informática utilizadas no processo educacional para a assimilação de conteúdos vistos em sala de uma forma dinâmica e recreativa, através de simulações, animações, desafios, etc. O Rived, o LabVirt e o ZonaClic são alguns ambientes do ciberrespaço onde é possível encontrar estes tipos de trabalhos.
Os objetos de aprendizagem precisam ter funcionalidade, objetividade, clareza e relação com o cotidiano dos estudantes para que sejam de fácil compreensão e manipulação. Devem também está de acordo com o conteúdo ao qual ele trata e instigar o aluno a procurar novas fontes de pesquisa, sendo que o próprio objeto deve indicar através de links algumas dessas fontes.
Analisando um desses objetos de aprendizagem (Solvente no motor, como estragar seu carro), exposto no LabVirt, pôde-se ver que ele foge muito às características que um OA precisa ter para ser eficiente, mas em alguns pontos ele é bem interessante e atende aos requisitos.

ASPECTOS POSITIVOS:
1- Fácil utilização
2- Interatividade (a história)
3- Contextualização com o cotidiano

ASPECTOS NEGATIVOS:
1- Falta clareza nos conteúdos
2- Não é objetivo em seus propósitos
3- Fundamentação teórica de baixa qualidade
4- Não permite que o aluno faça a simulação, apenas deixa para este a parte dos cálculos

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Pensamento Complexo

O texto de Edgard Morin vem discutir a forma que temos de ver as coisas. Costumamos separar umas coisas das outras como se estas não tivessem nenhuma ligação entre si. Somos assim, porque desde os primeiros anos da escola fomos direcionados a pensar dessa maneira, já que estudamos as disciplinas em horários, livros e com professores distintos. Durante a aula de Química, nada sobre Física e Biologia é anunciado, da mesma forma que estudamos História sem considerar a Geografia. E assim é com a Matemática e com a Língua Portuguesa, esta é a que sofre a maior repartição, já que se tornou Gramática, Literatura e Redação, como se cada qual nada tivesse a ver com a outra.E nesse caminho vamos desde o ensino fundamental ao superior. É usando a Língua Portuguesa que chego à frase de Pascal: "Não posso conhecer o todo se não conhecer particularmente as partes, e não posso conhecer as partes se não conhecer o todo." A Língua Portuguesa é uma só. Então como é possível ser um conhecedor dela se as quatro noções básicas para dominá-la (ler, escrever, compreender e articular) são passadas como independentes umas das outras?É nesse ponto que Morin diz que "o princípio da separação torna-nos talvez mais lúcidos sobre uma pequena parte separada do seu contexto, mas nos torna cegos ou míopes sobre a relação entre a parte e o seu contexto". De fato, existem pessoas que conseguem escrever bons textos (organizam suas idéias de forma clara) mas que pecam na ortografia, acentuação,pontuação etc... Durante muito tempo se fez ciência dessa forma, o que Morin chamou de falsa racionalidade, já que a inteligência era reducionista, produzia fragmentos e fracionava os problemas.Como consequência desse processo tinha-se inconsciência e irresponsabilidade. O pensamento complexo é justamente o contrário de tudo o que foi dito acima. Ele busca unir, entrelaçar as coisas, criar links entre os assuntos. No pensamento complexo o objeto é colocado em seu contexto, em seu conjunto, cria laços e se comunica com o seu meio. Também se fez ciência através do pensamento complexo, como exemplo tem-se a reação dialógica (complementar e antagônica) entre o yin e o yang, a união dos contrários caracterizando a realidade (pensamento chinês fundamentado desde a antiguidade). Uma demanda da complexidade é a reforma do pensamento,o que automaticamente leva à mudança da universidade (já que ela é a "maior produtora" do conhecimento).Mas como mudar?A universidade deve se adequar a sociedade ou esta última à primeira?Pensemos sobre esta questão e tiremos nossas próprias conclusões...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cibercultura x Saber


Vivemos em uma era em que não existe mais uma única forma de produzir e de passar o saber. Em seu texto Lévy deixa isso bem explícito tratando sobre o ciberespaço e a cibercultura. Com o avanço das tecnologias e dos processos criativos a produção do conhecimento deixou as salas de aulas, as escolas e faculdades, os laboratórios de pesquisa e passou a ser feito em qualquer lugar e por qualquer pessoa e não mais pelos sábios e pelos cientistas. Uma ferramenta que possibilitou essa "desegemonização" foi o ciberespaço. Através dele pode-se criar qualquer teoria, sem que se torne estática e particular, mesmo que essa leve a assinatura de alguém. Um indivíduo qualquer que tenha acesso a essa teoria pode modificá-la, melhorando-a, ampliando as suas raízes. Justamente por esse motivo o fluxo de informações tornou-se hiper veloz, não sendo necessários anos para que estes saberes possam chegar a um grande número de pessoas, é quase que instantânea essa propagação. Levando tudo isso em conta, inicia-se o processo de EAD (Ensino Aberto e a Distância), onde pessoas em qualquer lugar do mundo assistem aulas, palestras ou seminários, através de teleconferências estando em grupos ou isoladas em frente às suas telas. A cibercultura também trouxe um novo papel para o professor, ele deixa de ser um fornecedor direto dos conhecimentos e passa a ser um animador da inteligência coletiva. Não compete mais a este profissional descarregar incessantemente informações para um grupo de alunos, ficando preso a técnicas rudimentares, baseadas em livros e lousas. Sua função agora é estimular estes estudantes a exporem seus pontos de vista, a levantarem suas hipóteses, a formarem suas próprias bases de sustentação a respeito de diversos assuntos. Falando em inteligência coletiva, esta é mais uma novidade que a cibercultura trouxe: uma nova forma de pedagogia. Como dito anteriormente, não se faz mais conhecimento sozinho, ninguém mais detém a verdade absoluta, toda informação é passível de análise e de reformulação ou de adição de novos conteúdos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Inclusão Digital de Verdade

PRÓLOGO
Mais uma vez o tema!Agora com uma nova abordagem, um outro olhar.
A expressão "inclusão digital" possui vários significados e este depende para qual fim essas duas palavras sejam designadas. Para alguns estar incluído digitalmente é saber usar de forma básica as ferramentas das novas tecnologias, já para outros é conhecer os segredos e caminhos que essas tecnologias possuem e daí por diante construir e compartilhar uma infinidade de coisas através destas.
CAPÍTULO 1
É de suma importância que todos os indivíduos tenham acesso a todos os bens de consumo existente na sociedade. A informação é um desses bens e é aí que a inclusão digital se encaixa. Todo esse oba-oba que nós vivemos nos últimos anos gira em torno disso: acesso à novos meios de informação, da popularização das novas tecnologias, assim como já são a TV, o rádio e etc. Além disso, com os computadores e a internet, as pessoas passam de meros consumidores de informação à produtores e modificadores dessa informação descentralizando assim os "direitos" a esse bem, já que qualquer um poderá ser capaz de manipulá-lo.
É possível também discutir, debater, haver um choque de idéias em relação à estas informações e dessa forma originar novas informações mais completas, mais abrangentes, o que não é possível através do rádio,da TV ou da informação escrita, pois não há interação entre quem produz e quem consome a informação.
Essa é uma vertente da inclusão digital.
CAPÍTULO 2
Uma outra ( a mais vendida pelos órgãos públicos) é a de maquiagem da igualdade social entre as pessoas. Infocentros são criados nas favelas e bairros periféricos, escolas ganham labotatórios de informática...e daí?Daí, as pessoas simplesmente aprendem a ligar as máquinas, pescar letras no teclado e "mergulhar em alguns saites". Sentam-se em frente aos equipamentos e kazim!(mágica)...elas já fazem parte da inclusão digital, ou seja, já usam computadores e acessam a internet como as pessoas de melhores condições sociais,educacionais e econômicas.
Esta é a triste e lamentável vertente.
EPÍLOGO
E quando eu acordei percebi que vivia no capítulo 2...mas eu continuo sonhando com o capítulo 1.