quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cibercultura x Saber


Vivemos em uma era em que não existe mais uma única forma de produzir e de passar o saber. Em seu texto Lévy deixa isso bem explícito tratando sobre o ciberespaço e a cibercultura. Com o avanço das tecnologias e dos processos criativos a produção do conhecimento deixou as salas de aulas, as escolas e faculdades, os laboratórios de pesquisa e passou a ser feito em qualquer lugar e por qualquer pessoa e não mais pelos sábios e pelos cientistas. Uma ferramenta que possibilitou essa "desegemonização" foi o ciberespaço. Através dele pode-se criar qualquer teoria, sem que se torne estática e particular, mesmo que essa leve a assinatura de alguém. Um indivíduo qualquer que tenha acesso a essa teoria pode modificá-la, melhorando-a, ampliando as suas raízes. Justamente por esse motivo o fluxo de informações tornou-se hiper veloz, não sendo necessários anos para que estes saberes possam chegar a um grande número de pessoas, é quase que instantânea essa propagação. Levando tudo isso em conta, inicia-se o processo de EAD (Ensino Aberto e a Distância), onde pessoas em qualquer lugar do mundo assistem aulas, palestras ou seminários, através de teleconferências estando em grupos ou isoladas em frente às suas telas. A cibercultura também trouxe um novo papel para o professor, ele deixa de ser um fornecedor direto dos conhecimentos e passa a ser um animador da inteligência coletiva. Não compete mais a este profissional descarregar incessantemente informações para um grupo de alunos, ficando preso a técnicas rudimentares, baseadas em livros e lousas. Sua função agora é estimular estes estudantes a exporem seus pontos de vista, a levantarem suas hipóteses, a formarem suas próprias bases de sustentação a respeito de diversos assuntos. Falando em inteligência coletiva, esta é mais uma novidade que a cibercultura trouxe: uma nova forma de pedagogia. Como dito anteriormente, não se faz mais conhecimento sozinho, ninguém mais detém a verdade absoluta, toda informação é passível de análise e de reformulação ou de adição de novos conteúdos.

3 comentários:

Anderson Neves disse...

Raione, como é que você ver a qualidade doa EAD?Será que esse futuros profissionais terão a mesma competitividade e qualidade do que os que cursão em ensinos presencias, por maior que sejam os esforços desses alunos?

Anderson Neves disse...

A experiência em sala pode ser resolvida com a vinda do aluno cidade mais próxima, com a presença do monitor, este já fomardo e especializado, logo teria como função acompanhar um grupo durante uma Unidade escolar (ensino médio e fundamental).Já que os custos seriam reduzidos, durante todo o processo de aprendizagem, como conclusão de curso, o docente teria que acompanhar e avaliar o discente, em diversos aspectos.Com relação a laboratório não sei o que pode ser feito, pois temos locais que não oferecem energia o suficiente para suprir toda essa demanda. Para isso, há pesquisas em otimizar as placas de energia solar, garantindo uma melhora tanto na qualidade quanto no armazenamento.

Natacha Santos disse...

Como temos vindo a conversar, o conhecimento nos dias de hoje ficou acessível a qualquer pessoa. Através da internet, os indivíduos vem complementar o seu conhecimento, mesmo que seja por uma mera curiosidade.
O papel do professor já nao é mais de detentor de conhecimento mas de auxiliar, de partilhar opiniões, de questionar o aluno sobre a aquisição do conhecimento e assim, através de um diálogo, posam partilhar outros pontos de vista, trocar ideias. Não deixa de ser menos importante.