O texto de Edgard Morin vem discutir a forma que temos de ver as coisas. Costumamos separar umas coisas das outras como se estas não tivessem nenhuma ligação entre si. Somos assim, porque desde os primeiros anos da escola fomos direcionados a pensar dessa maneira, já que estudamos as disciplinas em horários, livros e com professores distintos. Durante a aula de Química, nada sobre Física e Biologia é anunciado, da mesma forma que estudamos História sem considerar a Geografia. E assim é com a Matemática e com a Língua Portuguesa, esta é a que sofre a maior repartição, já que se tornou Gramática, Literatura e Redação, como se cada qual nada tivesse a ver com a outra.E nesse caminho vamos desde o ensino fundamental ao superior. É usando a Língua Portuguesa que chego à frase de Pascal: "Não posso conhecer o todo se não conhecer particularmente as partes, e não posso conhecer as partes se não conhecer o todo." A Língua Portuguesa é uma só. Então como é possível ser um conhecedor dela se as quatro noções básicas para dominá-la (ler, escrever, compreender e articular) são passadas como independentes umas das outras?É nesse ponto que Morin diz que "o princípio da separação torna-nos talvez mais lúcidos sobre uma pequena parte separada do seu contexto, mas nos torna cegos ou míopes sobre a relação entre a parte e o seu contexto". De fato, existem pessoas que conseguem escrever bons textos (organizam suas idéias de forma clara) mas que pecam na ortografia, acentuação,pontuação etc... Durante muito tempo se fez ciência dessa forma, o que Morin chamou de falsa racionalidade, já que a inteligência era reducionista, produzia fragmentos e fracionava os problemas.Como consequência desse processo tinha-se inconsciência e irresponsabilidade. O pensamento complexo é justamente o contrário de tudo o que foi dito acima. Ele busca unir, entrelaçar as coisas, criar links entre os assuntos. No pensamento complexo o objeto é colocado em seu contexto, em seu conjunto, cria laços e se comunica com o seu meio. Também se fez ciência através do pensamento complexo, como exemplo tem-se a reação dialógica (complementar e antagônica) entre o yin e o yang, a união dos contrários caracterizando a realidade (pensamento chinês fundamentado desde a antiguidade). Uma demanda da complexidade é a reforma do pensamento,o que automaticamente leva à mudança da universidade (já que ela é a "maior produtora" do conhecimento).Mas como mudar?A universidade deve se adequar a sociedade ou esta última à primeira?Pensemos sobre esta questão e tiremos nossas próprias conclusões...
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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Um comentário:
como é?!!?!?!?!?!?
vc pode tentar fazer uma síntese:
quem é o autor?
qual é a idéia principal do texto?
para tanto, quais são os principais tópicos que ele desenvolve?
sendo assim, a conclusao dele é que...
e para você, qual foi o aspecto mais relevante? como vc analisa o que é posto pelo autor?
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